Os perfis dos animais nas redes sociais possuem compartilhamento de informações, fotos e vídeos
Nos dias de hoje é comum encontrarmos perfis dos animais nas redes sociais (Foto: Jennifer Lucchesi) |
Por Jennifer Lucchesi
Heloisa Kashivagui tem um
ano e três meses. É uma bulldog francês inteligente, bagunceira e... Ela tem um
perfil no Facebook! Isso mesmo. O mundo virtual também faz sucesso com os
animais.
Segundo sua dona, a veterinária e gerente
de vendas técnica, Patrícia Kashivagui, 39, há mais ou menos seis meses que ela criou uma rede
social para a sua cachorrinha. “Considero a Heloisa minha filha, literalmente
faço tudo por ela e, por isso, resolvi criar uma página, até mesmo para
interagir com seus amiguinhos e família”, conta.
Veterinária Patrícia pensa em criar também um Instagram para suacachorrinha Heloisa (Foto: arquivo pessoal) |
A visita ao veterinário, o que
acontece no dia a dia, datas comemorativas e quando Heloisa ganha um presente,
merecem ser postados no Facebook, apesar da bulldog não gostar muito de tirar
fotos. “Ela ganha muitos presentes das tias, então eu coloco como se ela mesma estivesse
agradecendo; e como toda ‘mãe coruja’, eu a acho super fotogênica, mas toda vez
que pego o celular para tirar foto ela sai correndo!”, complementa.
Patrícia diz que é divertido o
retorno que tem das pessoas, pois elas escrevem como se fosse a cachorra que
estivesse fazendo as publicações: “comentam a tia vai fazer isso ou aquilo e é
muito engraçado”.
Por outro lado, também há redes
sociais dedicadas para animais exóticos, como o caso do estudante de engenharia
ambiental Marcus Farah, 20, que mora em São Paulo. Ele decidiu criar um
instagram para animais exóticos por achá-los fascinantes com sua beleza,
habilidades e diversidade.
Marcus Farah, 20, com uma caninana, serpente nativa da Mata Atlântica (Foto: reprodução/instagram @spiritoselvagem) |
De acordo com a psicóloga Evelyn
Barrelin, estas páginas virtuais podem servir para viabilizar a comunicação
social sobre um determinado assunto, promover campanhas e fortalecer ideais. “Páginas
como estas podem também ter a função de ampliar ou desenvolver novas relações
sociais. Aparentemente, a comunicação por mídias sociais tem se sobreposto às
relações face a face, o que torna mais provável a criação de páginas e a tomada
de assuntos com grande probabilidade de adesão, por exemplo, de animais”,
explica.
E há público para essas
redes sociais. A estudante de logística, 22, Camila Salinas, diz que por amar
animais acaba se atraindo por essas páginas. “Quando eu vejo coisas
relacionadas a eles na internet sinto uma emoção enorme, uma vontade de adotar
todos”, expressa.
Eduardo Fonseca, 26, analista de
negócios e tecnologia da informação, é outra pessoa que gosta bastante e diz
acompanhar mais ou menos há três anos esses tipos de páginas. “Tem sempre
publicações no mínimo interessantes e muitas vezes engraçadas”.
Redes sociais costumam ser
utilizadas, também, para encontrar animais perdidos, fazer denúncias e divulgar
campanhas de adoção, por exemplo.
Momento fofura: aumente o som para escutar a Heloisa roncando <3
(Vídeo: arquivo pessoal)
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