terça-feira, 21 de abril de 2015

Atchin! Meu gato está gripado?

A gripe do gato possui os sintomas parecidos com os da gripe humana, entretanto é mais perigosa 


A doença viral é frequente e pode ser fatal para filhotes
e animais debilitados (Foto: Jennifer Lucchesi)



Por Jennifer Lucchesi

A Rinotraqueíte Felina, conhecida como “a gripe do gato”, é causada por um herpesvírus. Secreção ocular e nasal, conjuntivite, espirros e dificuldades respiratórias estão entre os sintomas dos animais afetados, além da pneumonia que pode agravar o problema. Transmitida por meio do contato direto entre o felino contaminado e um gato saudável, não afeta cães e nem humanos.

Segundo a médica veterinária e especialista em patologia clínica, Carolina Gutierrez Pellizzer, depois que o animal contrai esse vírus, ele não elimina mais do organismo. “Não tem cura a gripe do gato, só um tratamento conservativo, porque uma vez que o gato é portador do vírus, ele pode permanecer assintomático. Mas, qualquer alteração que o animal passe, por exemplo, o estresse, faz os sintomas reaparecerem”, explica.

Um dos principais problemas da rinotraqueíte é fazer o bichano parar de comer e o quadro agravar, porque se o gato não sente o cheiro da comida, ele não come. A doença também pode levar a morte, devido uma infecção bacteriana secundária. “Portanto, é uma doença grave e os sintomas podem causar até danos no trato respiratório do animal. Eu tenho um gato, Negão, que pegou quando era filhote e ele teve uma necrose do septo nasal; então o nariz dele é torto na lateral, porque necrosou e reabsorveu a cartilagem”, complementa Carolina, também especialista em clínica médica e cirúrgica e urgência e emergência.


Negão teve necrose do septo nasal por causa da gripe do
gato (Foto: arquivo pessoal)


Por ser uma doença viral, o próprio organismo precisa criar os anticorpos. O tratamento é a base de antibióticos, pode-se fazer inalação, pingar um remedinho no nariz para ajudar a respirar e evitar o estresse do animal, por exemplo. A vacinação é a única forma de prevenir o bichinho contra o vírus.

O estudante Paulo Strombeck, 22, diz que quando adotou a sua gatinha, Diana, já percebeu que ela respirava diferente e possuía uma secreção nasal. “Eu nem desconfiei da gripe do gato, porque não conhecia a doença. Um dia, a Diana teve uma crise respiratória e a levei ao veterinário; ele disse que ela podia até morrer por ser filhote ainda; fiquei assustado, com o coração na mão”, conta.


Paulo, 22, e Diana, oito meses. A gatinha também apresentava
um miado diferente do normal (Foto: arquivo pessoal)


Paulo descobriu que foi a mãe da gatinha que passou o vírus para ela. Hoje, ela não precisa tomar nenhum remédio e os sintomas da doença sumiram. “Ela está muito bem e linda demais. É um amor que não se encontra por aí”, finaliza.

Os gatos que possuem a gripe do gato costumam pegar outras doenças também, como a Aids Felina (FIV) e a Leucemia Felina (FELV). Se o animal tem o hábito de sair para a rua, ele é grupo de risco, devido o contato direto com outros gatos desconhecidos.

Vale lembrar que o diagnóstico e tratamento devem ser indicados por um médico veterinário assim que o animal apresentar os sintomas.



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