sexta-feira, 8 de maio de 2015

Como e quando dizer adeus

Não é fácil dizer adeus, mas o tempo ajuda a aceitar um até logo 


Por Júlia Noronha


Ganhar um bichinho de estimação é muito bom, traz alegria para toda família. O tempo passa, e o pet não tem mais aquela disposição que tinha quando chegou. E aí vem a triste notícia que muitas pessoas temem. O que fazer quando o animal morre?

"Sinto muita falta dela" diz Isabella
(Foto: Arquivo Pessoal)
Para muitos essa é uma pergunta difícil de responder, pois não é fácil aceitar ou superar o falecimento do bichano. A estudante de odontologia Isabella Bocarde perdeu sua cachorrinha há três anos e meio, e até hoje tem dificuldade ao lembrar dela. "Minha relação com ela era de mãe e filha, apesar de não precisar de ajuda após a morte da Preta, eu ainda não superei, pois ela morreu da forma mais cruel, foi envenenada", comenta. Isabella ainda conta que para ajudar na superação,a família arrumou mais dois cachorrinhos. "Nós pegamos dois cachorros, mas ainda lembramos da Preta, pois era um membro da família", completa a estudante.

A cachorrinha Sasha, da estudante de psicologia Bianca Buzon, faleceu há um ano e meio, e foi mais fácil aceitar pois ela já era idosa. "Ela morreu sem estar doente e sem sofrer, isso nos conforta bastante", diz. Bianca completa dizendo que sente muita falta da Sasha. "Ganhei ela quando era pequena, a saudade é enorme e não vai passar nunca. Ainda entramos em casa e temos a sensação que ela vai
estar lá".

"De toda a família ela era mais apegada ao meu pai" comenta Bianca
(Foto: Reprodução/Facebook)
Essa relação que as pessoas criam com os animais vem da própria afetividade e reciprocidade que o bichinho estabelece com o ser humano, pelo fato de serem tão puros que não esperam nada em troca além de amor e carinho. A psicóloga Roberta Zanelli explica que devido ao mundo de hoje onde as pessoas se encontram mais desconfiadas e inseguras, os animais passaram a ser um meio no qual elas se apegam e criam um vínculo.

Existem casos de pessoas que chegam a adoecer após a perda, por serem tão apegados ao animalzinho. Se com o passar do tempo ainda mostrar indícios de prejuízos por não aceitar o falecimento, Roberta aconselha buscar ajuda de um psicólogo por exemplo. "A melhor forma é o tempo, esperar a compreensão e elaboração do luto, em aprender a lidar com essa perda de forma saudável, pois cada um tem seu tempo", completa a psicóloga.

Lembrando que é importante não enterrar o pet em qualquer lugar, segundo o site Bolsa de Mulher, é perigoso para a saúde. "Visto que um organismo que está em decomposição pode contaminar o solo, o lençol freático e transmitir doenças". Sendo assim, é importante procurar por uma clínica veterinária ou um cemitério para animais.

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